Aqui se encontrará um pouco da pessoa, da mulher, da mãe, da esposa, da professora, da artesã, da cronista, da poeta, da amiga e da serva do Senhor
domingo, 26 de novembro de 2023
Auto-bio
E ainda quando me pego a pensar. Em quanto tempo perdi. Ou me perdi por aí. Tentando achar meu próprio “eu”. Denegrido.Sofrido.Exaurido. Cuspido. Enxotado. Jogado. Às traças. Corri tanto. Provei e aprovei pra nada. Pra ninguém. Talvez! Corri sem largada! Que merda! Sem ponto de partida. Sem ponto de chegada. Redação sem seguimento, sem seguir norma nem culta ou oculta. Tudo sem rumo. Foi indo… indo.. sem rumo Quando pensei estar fazendo o melhor. Do nada que fiz e sobrou um nada maior ainda. Busquei das raizes para entender os brotos. Podres. Chorei por cada flor que floria e não desabrochava. Tão fraca e sem forças. Sem DNA necessário para frutificar. De todas lágrimas que rolaram, não tive nenhum ressentimento por nenhuma. Foi tudo ódio! Tempo perdido. Folhas ao vento. Sem tempo. Futilmente jogadas na pele de um rosto sofrido. Sentido. Ressentido. Do tempo . Não tem alento. Choro enquanto escrevo. Não tem solução. Ou me parto ao meio; ou parto sem rumo. Ao prumo de um navio sem leme. Que droga! Parece que o tempo parou. E fiquei no ancoradouro sentada à espera de um nada que nunca veio. Hoje tenho 56 anos incompletos. Na verdade me sinto com mil anos. E não é apologia ou sensacionalismo:——estou realmente em lágrimas ao falar deste ponto da minha vida. Lembro da minha filha que perdi. E se eu contar. Faltariam poucos dias para ela fazer vinte e oito anos. Neste intervalo estou ajudando a cuidar de duas adolescentes de doze anos. Netas do meu marido. Está sendo uma experiência incrível!! Como se eu entrasse no túnel do tempo e convivesse com minha filha, mas em dose dupla. São gêmeas: Yzaullim e Yasmim. A primeira tem o nome da minha filha( In memorian), mas são duas crianças doces. Vieram pra preencher minha vida. Meus dias vazios. Muitos parafusos para colocar nos eixos. Nada que eu não consiga contornar. Entretanto, o choro é inevitável! As lembranças são doloridas. Feridas abertas. Sangrando. Não sei até quando. Sangram. Simplesmente sangram… Meu escape é chorar, chorar, chorar…Porém em cinco minutos o meu sorriso já brota espontaneamente como fonte. Não sou de me entregar a pensamentos negativistas. São só momentos. Já vou sacudindo a poeira e saindo para novas aventuras. Para novos rumos. Nasci para vencer. Sou leoa. Sou cristã. Sou mãe. Sou tia. Avó. Sou professora, corretora, soprano no grupo de louvor. Sou ativista do povo. Sou irmã e amiga. Sou filha. Guerreira de frente. Sempre na batalha. Paro dois minutos pra chorar. Depois sigo lutando porque as guerreiras não podem ; nem devem perder suas lutas. Sou assim! Gosto de ser assim. Bruta! Braba! Ao mesmo tempo tão carente de um abraço amigo, de um colo de mãe. De amigo. Sei que não terei sempre esta força. Mas enquanto a tiver; serei sempre Eu. Ângela Matos. Não nego. Não volto. Não minto. Não deixo nada e nem ninguém para trás. Este é meu lema: Avante e Sempre!!!!!!
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