sábado, 3 de abril de 2021

Ano 2021


 Se ainda houver flores,amores .

Se ainda houver chance, esperança.

Aguarre!

Fala-se de saudade, de solidão, de tristezas.

De mágoas perdoadas,ressentidas,

Guardadas!

De perdão fraterno, interno.

de tudo!

De loucuras extravazadas, esvaziadas

Com o tempo sem alento!

Cogita-se cura, da amargura, do vazio

D'Alma que acalma a mente,o coração!

Trata-se de promessas, adversas ,sem pressa!

Chora-se o pranto, no canto, isolado

Confinado!

Desatento e propenso a tudo...

Tudo que mata, que suicida o encanto.

Que desencadeia o próprio pranto.

Chora-se doído, sem ser ouvido, caído

No canto, confinado...confinado...confinado!

Mas...

Simplesmente mas!

Mas se houver flores, amores, cantores e os sabores!

A vida pode novamente DESABROCHAR!


Angela Matos     MG


sexta-feira, 2 de abril de 2021

Auto bio Minas

 

Se me lembrasse de infância? 

Ou mesmo ds tempos juvenis, 

lembraria com arrogância

Dos meus pecados mais viz.

Deixados pra trás 

.

 Gosto mesmo de pensar

Que o tempo não passou.

Só se ouve " pandemia"...

A alegria pra trás ficou?


Jurei mesmo pra mim mesma

Deste vil assunto NÃO falar.

Relembrar da infância passada

Nos recantos das Gerais.


Das missas, dos cafés,visitas.

Dos namoros escondidos dos pais,

Do padre e do mundo...

Ds cercas que a gente pulava..

Literalmente!


Da vizinha chata que gritava,

Do açougueiro, do padeito, do leiteiro.

Proletariado, marginalizado, desvalorizado.

E dos mil beijos roubados...

Quem não lembra?


Da chuva, enchurrada, do riacho...

Do banho na chuva, da surra, do baile

E do namorado bagunçado.

Sem eira nem beira,dizia meu pai.


Da alcoviteira, casamenteira...

Quem não?

...

Do João, José, Antônio, pião!

Do caxias, do valentão e do bobão?

Não?

...

Da escola fundamental e do jogral!

Da diretora apaziguadora, do pátio sem nada.

Da escola da vida , da lida, do sonho...

Da infância que passa...passa!


Angela Matos MG