quinta-feira, 23 de junho de 2022

comunhão

OLHARES QUE SE ENTRELAÇAM,
ENLAÇAM NO MESMO BRILHO
UNIFORMEMENTE EM TRANSE...
BUSCAM O FOGO,
A CHAMA QUE REACENDE,
INCENDE NOVAMENTE NA ALMA...
CALMA!
O DOIS QUE SE TORNA UM.
FUNDIDOS NUM MESMO OLHAR.
DE UM BRILHO QUE PAIRA NO AR...

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Auto-bio/Descoberta

 

Ainda sobre mim… acordei pensando em apagar meu blog; ou simplesmente deixar pra lá.                                               Em tempos de fim de mundo, pelo menos é o que estão dizendo por aí. Deu uma desanimada.      Mas afinal?  Enquanto estou por aqui vou escrever, escrever….           Desde a minha infância que sou apaixonada por histórias, contos, novelas , filmes e tudo que envolve a literatura.    Perdi a conta de quantos exemplares eu tive e doei e depois comprei de novo. De Machado de Assis a Guimarães Rosa.   “Engolia” um livro em menos de uma semana. Se fosse um Romance então?   Ah!! Primo Basílio!! Madame Bovary…. Foi num estalo de tanto que era a curiosidade.                          Penso que talvez esta curiosidade tenha me arrastado até aqui, com uma faculdade , três cursos técnicos e o tanto de tudo que aprendi por aí.    Pinto, bordo, cozinho e lá se vão os predicados.  Não falo para me exibir, mas para dizer o quanto a curiosidade em aprender me ajudou.      Por vezes não me preocupo com a conjugação correta dos verbos.  O que quero mesmo é ser entendida, interpretada ou quem sabe copiada.            Bate uma tristeza quando vejo pessoas tão aquém de tudo, perdidas sem saber o que querem.    Sem cultura ou profissão.  Deixadas por se levar pelo ocaso, sem meta, sem foco.    E é por isto é por muitos quinhentos  motivos que não paro de escrever.        Cada um tem missões na vida.      Falar da minha juventude e do meu tempo de escola também é autobiografia.  Pois foi lendo e vendo tudo nos livros que me encantei pelas letras e aprendi valorizar cada instante desta descoberta maravilhosa.   

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Infância ( continua auto-bio)

E ainda me acho pensando no quanto fui ingênua...Olhei para a tinta gasta e sem reforma.
Pintura que quase se apaga,como uma foto velha de papel que vai perdendo a cor com o tempo...Velhos e bons tempos aqueles!
Tudo era simples e tão importante.O quase nada que representou "TUDO".
    As tardes no pátio da pequena escola; ou dentro do templo aprendendo novas preces. Ouvíamos os discos, alfuns tentavam aprender tocar no violão...Ricamente aproveitados,cada momento com os colegas amigos,orientadores,que não citarei nomes...São tantos anjos...Tudo era festa: o grupo de jovens, as quermesses, as novenas, as visitas ,as reuniões, as conversas em grupo,tudo no maior respeito e alegria. O pouco do muito que tivemos em Jampruca.
Vejo tudo vazio,distante de mim.
A amnésia me tomou e muito ficou esquecido.
Queria tanto lembrar detalhes; mas tengo certeza que corri em volta dela,da construção! 
Duvido que não tenga brincado de pique depois dos cultos matinais de domingo. Talvez, não sei, tenha caído e machucado os joelhos.
Quem sabe se corri pra casa na chuva...Gostaria de lembrar.
Famílias, rostos, nomes, sobrenomes. Tudo um imenso labirinto na minha mente.
Afinal se foi há quarenta anos!
Ainda restou a ternura de poucas lembranças e a construção está lá. Abrigo para corações que queiram conforto, quase desfocada, porém receptiva de portas abertas.
Quem me dera voltar a aquela inocência de acreditar sem questionar os paradigmas e dógmas.
Quem me dera!
Confesso que me tornei teimosa demais e correr nestes pátiis novamente seria um sonho...
Espero encontrar aquela criança dentro de mim outra vez...Quem sabe um dia???