quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Aula de poema


 Nada mudou desde o último olhar. Tudo se acende ao abrir dos olhos, ao acordar do sono(leve). As rimas e as palavras pulam como pulgas. Saltando e querendo falar. Querendo denunciar coisas que não podemos dizer. Os versos querem registrar pra sempre os momentos inesquecíveis. Os abraços demorados e saudosos que não querem calar. As estrofes precisam arrematar tudo. Frisar e organizar cada pensamento e suspiro. Cada sonho interrompido no meio do caminho.  A escada não chegou ao fim.  Então a poesia não pode seguir as rimas e as métricas devidas.  Isto complica tudo. Sonhos interrompidos são vidas que não seguem. Estradas com despenhadeiro… pensar assim deixa o poema triste! Então por esta razão não preocuparei com linhas. Com métricas. Com rimas; nem mesmo espaços. Vou aleatoriamente falando e deixando a poesia se esparramar da forma que der.  Deixe que ela acompanhe as lágrimas que vão junto: se esparramando e derramando! Pois quando as palavras sentidas não cabem mais no peito; esparramam pelo papel. Expressando o âmago mais profundo redundante do ser que não sabe o que fazer ; a não ser ESCREVER!

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