Auto-bio capitulo 3
E chovia fortíssimo naquela tarde de verão. A água inundava todo córrego que cortava a cidade. O riacho corria por todo bairro Vulcão, indo se encontrar com o Rio Itambacuri. Saía lavando tudo e carregava todo entulho, burro morto,podre. Levava arrastando com a correnteza.
Os meninos eram malucos. Pulavam da pequena ponte,se misturavam às sujeiras que borbulhava,subia e descia com as ondas que o vento formava.
Água lamacenta e avermelhada pelos barrancos arrancados ao longo do caminho.
Minha mãe já de tomada de ferro de passar nas mãos. Balançava o fio e gritava aos berros para a criançada passar para dentro de casa.
Quase sempre ninguém ouvia ou fingia não ouvir para aproveitar o máximo do momento que a chuvarada proporcionava, pois era um playground fantástico. E também era melhor esperar a raiva dela passar, naquele momento não seria boa ideia. Surra na certa!
A enxurrada continuava inundando tudo e arrastando a horta, as cercas de braúna do meu quintal.
Pena!
O galinheiro já ia boiando junto...Tudo desolado ,destruído.
Sonhos ,trabalho e economia de anos...
Por agora vou dar uma pausa,mas continuo amanhã porque os olhos se enchem de lágrimas..
Deixemos as lamúrias de lado e vamos focar no importante: as vizinhas! Todas gente boa,cheia de filhos e muito coleguinha para brincar. A farra era garantida naquelas águas barrentas.Criança não tem muito juízo mesmo...
Tudo debaixo d'agua,triste mas necessário,pois aquele riacho na verdade nada mais era wue um fétido esgoto a céu aberto que precisava ser lavado e escoado de vez em quando. Ele saía direto no Rio Itambacurí,passava aos fundos de quase todas as casas da parte central da comarca de Jampruca,cortando o distrito ao meio. A ponte minúscula ligava as duas partes. De cima da ponte dava para se ver os burris,cavalos, gatos e cachorros mortos que o povo jogava no rio. Santa ignorância! Jogar carniça na própria água e no próprio rio...Os abutres revoavam por lá,na espera dos bichos que se iam apodrecendo e o mal cheiro era insuportável nas redondezas. Os bichos ficavam entalados no remanso na areia...
Neste intervalo de chuva mãe não deixava sair e eu doidinha para gastar minha moeda que havia encontrado perto do fogão ,lá na última cozinha da casa, porque tinha trêz cozinhas lá em casa ,não sei porquê. Mas assim que deu uma estiada fui correndo à casa da dona Eugita . Ela vendia pirulitos, balas, marias- mole e uma infinidade de doces coloridos. Hummm, lembro- me também do suspiro. Tinha de três cores: branco, rosa clarinho e amarelinho..Da janela de onde ela nos atendia os doces eram o sonho de consumo de qualquer criança que conseguisse uma moeda.
Mas que susto no caminho. Maria Bufona estava pela rua correndo atrás de alguns moleques que a incitavam e caçoavam dela. Uma senhira escura ,de cabelos crespos, de feições desnorteadas e além de tudo bebia, caía pela calçadas, andavam toda suja. A meninada gritava e apelidava :: Maria ,Cebola! Maria Cebola!
Hoje posso entender o quão triste e abusada ela foi. Coitada! Não tinha quem a defendesse. Mas confesso que morria de medo dela. Lamentável,mas naquele mesmo tempo,eu deveria ter por volta dd 8 anos,presencieo um fato triste.
Tinha um moço com nome de Neném da Égua,ele batia nesta senhora que eu morria de medo. Batia com o chicote que usava para bater no cavalo dele. Homem tido por valentão! Ela estava muito bêbada e ele a surrva com o chicote. Não me lembro de ninguém ter ajudado..
Lembranças tristes...
E chovia fortíssimo naquela tarde de verão. A água inundava todo córrego que cortava a cidade. O riacho corria por todo bairro Vulcão, indo se encontrar com o Rio Itambacuri. Saía lavando tudo e carregava todo entulho, burro morto,podre. Levava arrastando com a correnteza.
Os meninos eram malucos. Pulavam da pequena ponte,se misturavam às sujeiras que borbulhava,subia e descia com as ondas que o vento formava.
Água lamacenta e avermelhada pelos barrancos arrancados ao longo do caminho.
Minha mãe já de tomada de ferro de passar nas mãos. Balançava o fio e gritava aos berros para a criançada passar para dentro de casa.
Quase sempre ninguém ouvia ou fingia não ouvir para aproveitar o máximo do momento que a chuvarada proporcionava, pois era um playground fantástico. E também era melhor esperar a raiva dela passar, naquele momento não seria boa ideia. Surra na certa!
A enxurrada continuava inundando tudo e arrastando a horta, as cercas de braúna do meu quintal.
Pena!
O galinheiro já ia boiando junto...Tudo desolado ,destruído.
Sonhos ,trabalho e economia de anos...
Por agora vou dar uma pausa,mas continuo amanhã porque os olhos se enchem de lágrimas..
Deixemos as lamúrias de lado e vamos focar no importante: as vizinhas! Todas gente boa,cheia de filhos e muito coleguinha para brincar. A farra era garantida naquelas águas barrentas.Criança não tem muito juízo mesmo...
Tudo debaixo d'agua,triste mas necessário,pois aquele riacho na verdade nada mais era wue um fétido esgoto a céu aberto que precisava ser lavado e escoado de vez em quando. Ele saía direto no Rio Itambacurí,passava aos fundos de quase todas as casas da parte central da comarca de Jampruca,cortando o distrito ao meio. A ponte minúscula ligava as duas partes. De cima da ponte dava para se ver os burris,cavalos, gatos e cachorros mortos que o povo jogava no rio. Santa ignorância! Jogar carniça na própria água e no próprio rio...Os abutres revoavam por lá,na espera dos bichos que se iam apodrecendo e o mal cheiro era insuportável nas redondezas. Os bichos ficavam entalados no remanso na areia...
Neste intervalo de chuva mãe não deixava sair e eu doidinha para gastar minha moeda que havia encontrado perto do fogão ,lá na última cozinha da casa, porque tinha trêz cozinhas lá em casa ,não sei porquê. Mas assim que deu uma estiada fui correndo à casa da dona Eugita . Ela vendia pirulitos, balas, marias- mole e uma infinidade de doces coloridos. Hummm, lembro- me também do suspiro. Tinha de três cores: branco, rosa clarinho e amarelinho..Da janela de onde ela nos atendia os doces eram o sonho de consumo de qualquer criança que conseguisse uma moeda.
Mas que susto no caminho. Maria Bufona estava pela rua correndo atrás de alguns moleques que a incitavam e caçoavam dela. Uma senhira escura ,de cabelos crespos, de feições desnorteadas e além de tudo bebia, caía pela calçadas, andavam toda suja. A meninada gritava e apelidava :: Maria ,Cebola! Maria Cebola!
Hoje posso entender o quão triste e abusada ela foi. Coitada! Não tinha quem a defendesse. Mas confesso que morria de medo dela. Lamentável,mas naquele mesmo tempo,eu deveria ter por volta dd 8 anos,presencieo um fato triste.
Tinha um moço com nome de Neném da Égua,ele batia nesta senhora que eu morria de medo. Batia com o chicote que usava para bater no cavalo dele. Homem tido por valentão! Ela estava muito bêbada e ele a surrva com o chicote. Não me lembro de ninguém ter ajudado..
Lembranças tristes...
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