segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Fora de tempo

 


Olhando as rosas do deserto me dei conta de o quanto se tornou vazio, arenoso meu caminhar.      Distante do sorriso, do brilho e da luz que irradiava do seu olhar… Vendo fotos na sua página,  o instagram alegre, fotos cheias de vida! Secou -se meus olhos e meu brilho se foi…Ao limiar da lua, ao esconder do sol, chorei!                                                    Não tem poesia que resista ou melodia que enterneça um coração deserto!       Isto se fez no meu viver quando fui leviana, quando não valorizei!    Tripudiei!  Paguei!             Caro!                                                                                          O abandono , a indiferença vieram de troco, trocados em miúdos bem trocadinhos.  E o tempo levou toda história, os lugares marcados…Ao qual muitas vezes voltei para reencontrar meu beija-flor.  Descobri que no deserto não tem beija-flores… E as flores ? Murcharam quando descobriram o abandono.    Ficaram sem dono… E os passeios no meio da tarde, no calor morno do entardecer , desertificaram sem o rouxinol que sempre cantou o amor.                                                               Se fingires não entender a surreal descrição desta desértica Rosa? És o mais vil e desalmado João-de-barro!                 Arrisco dizer que acordei e tudo foi um sonho que sonhei!!!!

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