Há quatro décadas, talvez mais.
A ingenuidade e também simplicidade faziam parte do meu cotidiano.
Não tinha maturidade , nem conhecimento para separar fatos, crenças ou religiosidades, mas sabia praticar a gratidão, a compaixão…Era tudo perfeito, ou pelo menos assim enxergava. As reuniões, o ki-suco, as bolachas de maisena, as conversas na praça, as rodas de conversas aleatória. Quase sempre sem a preocupação com relógios. Na verdade, se escurecia este era o marcador de horário. As pessoas sempre as mesmas, as roupas também!
Não havia nenhuma regra. Com sapato ou sem ele, com roupa limpa ou não. Nada era impedimento para uma farra fora de casa. As pequenas e estreitas ruas, que eu sabia de cor os nomes de cada morador, de cada parente do morador é assim a vida seguia seu curso. Nomes exatos eu realmente sabia poucos. Talvez da professora, do padre, do dono da venda! O restante eram chamados por apelidos carinhosos, sem ofensa. Tudo naturalmente normal. Nesta foto podemos destacar o padre Higino: grande marco na vida da comunidade( faz muita falta) e a eterna “ minha professora Mariquinha”, que sempre se fez presente na minha vida e na comunidade toda. Continua fazendo…Outros e outras professoras fizeram parte, falarei sobre eles d elas noutro momento. Todos dignos de respeito. Tempo que educador era figura que a gente tinha admiração! Grande e nostálgico passado. Busco na mente relembrar tudo, porém só me vem o que trouxe alegria. Graças a Deus! Além de mim, dezenas de pessoas passaram pelo mesmo caminho, pelas mesmas situações que eu. E digo que cresci , amadureci com os conselhos, com as aulas e com as amizades. Hoje dependo de lembranças para biografar meu passado. São tantas coisas…algumas falham à memória. sigo catalogando, pesquisando...
mas
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