Logicamente que aquela árvore não estava ali antes, crédito dos novos moradores.
Estes que não fazem ideia das muitas histórias contadas naqueles degrais.
Os degrais também foram reformados , a pintura, o corrimão, os canteiros.
Tudo, exatamente tudo!
A essência ficou.
A que marcou nossas vidas.
É bom e ao mesmo tempo triste, pensar na monotonia dos cultos, das novenas e das festas de quermesse.
Tempos que ficarão na lembrança.
O cheiro de frango assado passando pelas pessoas. O frango girava no prato, entre os párocos, leiloado.
Era leilão de frango, de capado, de novilha e tudo mais que a comunidade doava. O leiloeiro gritava as "prendas",na mesma simplicidade,tudo era festa. Motivo de festa, mesmo porque a palavra festa tinha outro conteúdo:
Praça cheia com pessoas conversando, proseando sobre mil assuntos.
Criança é sempre curiosa e ouve até o que não deve...
Quarenta anos passados e as lembranças estão vivas na memória.
Uma alegria que pula de dentro, de uma adolescência bem vivida, sem malícia, medos ou neuroses.
Livre para ser...assim foi.
Com algumas restrições,porém com a liberdade de aprender e criar.
Olhando este céu azulado o tempo parece parar.
A amnésia engole todos os quarenta anos em um segundo e a vida se torna doce.
Utopia!
Quem dera correr novamente pelo pátio, encontrar as preás que fugiam do cercado.
Encontrar os amigos na brincadeira de pique-pega depois do culto.
Emcontrar a inocência de dias longos e fartos de nuvem, de sol , de rua, das cirandas, de beber água no Tororó e pular corda,amarelinha.
Congelar o tempo, prendê-lo pra não fugir.
Voltar ao mesmo dia que assim me vi partir.
Me vi crescer, correr, estudar e esquecer que aqui era meu lugar.
Meu corpo e mente foram buscar novos campos ,
entretanto minha alma ainda mora ali...
Onde vivi meus doze anos.
(Jampruca)
...Lá pelos meu dezessete anos comecei estudar à distância de vinte e cinco quilómetros de casa. Pegava ónibus munipal,que a prefeitura cedia graças a Deus.
Entre trabalhis,idas e vindas,tive o privilégio de conhecer o meu futuro esposo.
Tempos que fazem o coração estremecer,lembranças boas e também doídas...dolorosas até.
Assim que terminei o ensino médio,no mesmo ano casei-me!
Numa labuta diária entre ser docente no pré-primário e ser esposa,dona de casa e anexos.
Tudo passou num estalar de dedos...Veio a viuvez ,e eu tinha apenas vinte oito anos.
Viúva e com dois filhos pequenos . Uma missão quase impossível....
Lembranças que a memória guarda. Em Jampruca vivi e quase morri. Dejanira, Dona Bertini, Iracema, professoras e Terezinha, meu primeiro amor. Delegado Matias e Cabo Adão, lembrança ruim. Aplausos, Angela, amiga e parceira de letras. E conterrânea.
ResponderExcluirObrigada Stanislau.
ResponderExcluirAs lembranças nem sempre são boas.
Registros pra minha autobio.
Obgda por ler.
Continuo escrevendo a biografia, bem granulada,mas está indo.
Abçs