Se me lembrasse de infância?
Ou mesmo ds tempos juvenis,
lembraria com arrogância
Dos meus pecados mais viz.
Deixados pra trás
.
Gosto mesmo de pensar
Que o tempo não passou.
Só se ouve " pandemia"...
A alegria pra trás ficou?
Jurei mesmo pra mim mesma
Deste vil assunto NÃO falar.
Relembrar da infância passada
Nos recantos das Gerais.
Das missas, dos cafés,visitas.
Dos namoros escondidos dos pais,
Do padre e do mundo...
Ds cercas que a gente pulava..
Literalmente!
Da vizinha chata que gritava,
Do açougueiro, do padeito, do leiteiro.
Proletariado, marginalizado, desvalorizado.
E dos mil beijos roubados...
Quem não lembra?
Da chuva, enchurrada, do riacho...
Do banho na chuva, da surra, do baile
E do namorado bagunçado.
Sem eira nem beira,dizia meu pai.
Da alcoviteira, casamenteira...
Quem não?
...
Do João, José, Antônio, pião!
Do caxias, do valentão e do bobão?
Não?
...
Da escola fundamental e do jogral!
Da diretora apaziguadora, do pátio sem nada.
Da escola da vida , da lida, do sonho...
Da infância que passa...passa!
Angela Matos MG
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