sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Camuflagens ediçao 2010

 Pag 33

Quanto mais eu me concentro, 

Melhor vejo a cada hora; 

Se não florescer por dentro,

A vida murcha por fora.


A cor e o perfume passam,

Caem pétalas no chão...

É lá dentro que está a graça.

Quem floresce é o coração!





Camuflagens

 


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Auto bio ..continua...Jampruca

 


Consigo ver ainda,

 pelas ruas empoeiradas.

Cheiro forte, tempero aguça

Pimenta, alho e puruca!


É fritura , bacon defumado.

Torresmo, banha e chouriço...

Tudo cheira Jampruca.


causos antigos contados

Um senhor linguiceiro...

Todo de branco e faceiro

Era o Rei da linguiça!


Depois se procede a novena

Sucede então a concorrência

Más e boas linguas dizem:

Há outra melhor que o dizem...


Quem escapou da primeira

Sofreu e passou caganeira.

Corantes, conservantes e sobrantes.

Deus me livre dos ignorantes.


Como tudo é passageiro,

Lembranças de um tempo inteiro.

De coisas que não retornam.

Pessoas in memorian ficam.


Famílias inteiras que se foram.

Nomes jamais esquecidos:

Nelson Baiano,

Leandro do armazém,

Seu Tatão, então!

Juaquim galinheiro, linguiceiro.

Seu Miguel da esquina perto do Altair.

Auto- falante do Bené.


Anuncia tudo a quem quer:

Venda, trocas, noticia de luto.

Na praça minúscula um cículo

Apenas um point de espera e foco.


Rotatória de um nada que passa.

Quase tudo de um tempo que foi...

Histórias para serem contadas.


Tantos nomes incógnitos, subjetivos:

Seu Serafim farmacéutico, Célio Siman.

Dona Terezinha e todas as Marias.


Bertine, Graça, irmã Redenta e Ada...

Dona Nem de seu Artur ...

E muitas donas sobrenome o marido.


Risco pequeno no mapa, quase um nada

Sem sentido...com tantas histórias fadas

Mentira , verdade ou fábula...

...um lugar chamado  Jampruca.