Capitulo 3
Mini- bio Jampruca
Ontem fiz um rascunho arquitetônico do que foi aquela casa. Digo,porão! Não poderia classificá-la de "uma casa"!
Se pudesse desenharia...
Era um quarto pequeno,sem janelas. Com porta para sala de TV,assim chamávamos a sala. Saindo direto numa cozinha que não tinha quase nada,apenas uma mesa e quatro cadeiras, fórmica azul clarinho.
Desmanchavam à toa,à toa. Um fogão Semmer,também azul.
Por muitos anos este cenário ficou perdido na minha memória e hoje me veio de repente,claro como ontem fosse,e já se foram trinta e três anos...
Mas cobtinuemos.
Ao fundo uma sacadinha que dava para o pequeno quintal,pelo menos deveria ser,mas tinha um chiqueiro com porcas e porquinhos.
Cheiro que eu o d i a v a, mas não importa mais...
E a casa se extendia. Separados por um corredor que saíA desta cozinha tinha mais dois quartos,um dos meus pais e outri,mais dormitório que quarto,pois tinha seis camas solteiro.
Deste mesmo se podia subir as escadas que saíam na rua,porém existiam degrais na sala de TV que saíam na rua,mas não sem antes passar pelo armazém que ficava por cima da minha casa.
Pó, sacos de cereais, latas com banha,tirresmo,café torrado,crú,conservas,sinuca,vitrola tocando,bebidas,prateleiras,balanças velhas,balcão com bandas de porco. Escorrendo pelas laterais,utensilhos de todos tipos. Linguiças penduradas nos varais,mosquitos,arggg...
A rua,tão perto a rua que eu nunca brincava. Afundada em trabalhos caseiros ou ajudando no armazém. Pesando,calculando cadernetas de clientes ou limpando,pesando de novo,cortandono açougue ,atendendo...Ao fim da tarde,escola.
Dura,muito dura a rotina,mas não reclamo.
Só relembrando mesmo!
Infeluzmente sem condições de detalhar muitas coisas,somente uma vaga pincelada deste tempo.
Os cavalos do lado de fora bas charretes ou carroças, o povo vinha fazer " a feira do mês". Costume rural,comprar tudo e guardar para todo o mês.
Hoje temos o cartão de crédito, mas na época anotava-se em caderneta avulsa toa a compra que o cliente sempre pagava no mês seguinte,para no ato fazer outra feira. Quase todos pagavam em dia!
Pois bem,a casa se resumia em toda esta foto feita pela minha mente cansada.
Lembro das paredes encardidas e sem formas.
Sem encanto ou cores ...
Mas lembro- me da alegria que enchia aquele espaço. Amigos e colegas sempre presentes. E nunca houve um domingo que não se ajuntassem. Cada dia na casa de um,revezando sempre. Diversão e comida garantidos.
Brincadeiras boas,iam até tarde,por volta das vinte uma horas. Não mais que isto,ou estaria tarde para cada um caçar sua casa.
Passar anel,cantiga de roda,pique,pula corda,
Fogueira...Ah! No domingo sim. Neste dia o céu era o limite,como dizem por aí.
Tudo tão simples,pequeno e ao olhar parecia tão importante,imensamente grande.
Saudade sem fim....
Continua a novela do que foram aqueles dias. Adolescência perdida entre trabalhos e compromissos. Sem nenhum tipo de laser ou diversão.
Trabalho, trabalho e mais trabalho...Antes de acabar uma função,outra já esperava.
Não estou reclamando com queixas infundadas. Sair de uma torrefação manusl de café, pular para fritar toucinho e terminar o dia ainda no balcão!
Dias curtos. E ao findar da tarde correr para pegar um ônibus escolar, estudar até às dez da noite, chegar em casa às onze para acordar antes das cinco da manhã. No mínimo puchado para alguém com dezesseis anos. Ah! Mas quer saber? Adorava ir pra escola, assim eu descansava, viajava nos livros da antiga biblioteca.
Luvros amarelados, sem ilustrações, na maioria das vezes.
Lia por horas a fio, vivia aventuras inimagináveis, conheci o mundo através das páginas.
Romances?? Conhecia- os de cor. Primo Basílio era o meu preferido. Entre tsntos outros: Vidas Secas, Madame Bovahy,Capitães de Areia, Navio Negreiro, vish! Vai encber a página de tantos que nem me lembro mais.
Triste mesmo era o momento de voltar para casa.
Rotina cansativa, mecânica que me embrutecia a cada dia. O refúgio sempre foi a literatura. Não importava o nível ou classificação! Sempre que me encontravam lá estava eu, com livro ou revista nas mãos.
Os domingos eram diferentes, ou a gente ia para casa de conhecidos em uma roça qualquer, ou para casa da vovó ou ajuntavam todos na nossa casa para comelãncia.
Fartura lá era a palavra.
Mesa farta e aconchegante. Quase toda vizinhança ia pra lá para comer...Mas isto é outra história que contarei depois...
Mini- bio Jampruca
Ontem fiz um rascunho arquitetônico do que foi aquela casa. Digo,porão! Não poderia classificá-la de "uma casa"!
Se pudesse desenharia...
Era um quarto pequeno,sem janelas. Com porta para sala de TV,assim chamávamos a sala. Saindo direto numa cozinha que não tinha quase nada,apenas uma mesa e quatro cadeiras, fórmica azul clarinho.
Desmanchavam à toa,à toa. Um fogão Semmer,também azul.
Por muitos anos este cenário ficou perdido na minha memória e hoje me veio de repente,claro como ontem fosse,e já se foram trinta e três anos...
Mas cobtinuemos.
Ao fundo uma sacadinha que dava para o pequeno quintal,pelo menos deveria ser,mas tinha um chiqueiro com porcas e porquinhos.
Cheiro que eu o d i a v a, mas não importa mais...
E a casa se extendia. Separados por um corredor que saíA desta cozinha tinha mais dois quartos,um dos meus pais e outri,mais dormitório que quarto,pois tinha seis camas solteiro.
Deste mesmo se podia subir as escadas que saíam na rua,porém existiam degrais na sala de TV que saíam na rua,mas não sem antes passar pelo armazém que ficava por cima da minha casa.
Pó, sacos de cereais, latas com banha,tirresmo,café torrado,crú,conservas,sinuca,vitrola tocando,bebidas,prateleiras,balanças velhas,balcão com bandas de porco. Escorrendo pelas laterais,utensilhos de todos tipos. Linguiças penduradas nos varais,mosquitos,arggg...
A rua,tão perto a rua que eu nunca brincava. Afundada em trabalhos caseiros ou ajudando no armazém. Pesando,calculando cadernetas de clientes ou limpando,pesando de novo,cortandono açougue ,atendendo...Ao fim da tarde,escola.
Dura,muito dura a rotina,mas não reclamo.
Só relembrando mesmo!
Infeluzmente sem condições de detalhar muitas coisas,somente uma vaga pincelada deste tempo.
Os cavalos do lado de fora bas charretes ou carroças, o povo vinha fazer " a feira do mês". Costume rural,comprar tudo e guardar para todo o mês.
Hoje temos o cartão de crédito, mas na época anotava-se em caderneta avulsa toa a compra que o cliente sempre pagava no mês seguinte,para no ato fazer outra feira. Quase todos pagavam em dia!
Pois bem,a casa se resumia em toda esta foto feita pela minha mente cansada.
Lembro das paredes encardidas e sem formas.
Sem encanto ou cores ...
Mas lembro- me da alegria que enchia aquele espaço. Amigos e colegas sempre presentes. E nunca houve um domingo que não se ajuntassem. Cada dia na casa de um,revezando sempre. Diversão e comida garantidos.
Brincadeiras boas,iam até tarde,por volta das vinte uma horas. Não mais que isto,ou estaria tarde para cada um caçar sua casa.
Passar anel,cantiga de roda,pique,pula corda,
Fogueira...Ah! No domingo sim. Neste dia o céu era o limite,como dizem por aí.
Tudo tão simples,pequeno e ao olhar parecia tão importante,imensamente grande.
Saudade sem fim....
Continua a novela do que foram aqueles dias. Adolescência perdida entre trabalhos e compromissos. Sem nenhum tipo de laser ou diversão.
Trabalho, trabalho e mais trabalho...Antes de acabar uma função,outra já esperava.
Não estou reclamando com queixas infundadas. Sair de uma torrefação manusl de café, pular para fritar toucinho e terminar o dia ainda no balcão!
Dias curtos. E ao findar da tarde correr para pegar um ônibus escolar, estudar até às dez da noite, chegar em casa às onze para acordar antes das cinco da manhã. No mínimo puchado para alguém com dezesseis anos. Ah! Mas quer saber? Adorava ir pra escola, assim eu descansava, viajava nos livros da antiga biblioteca.
Luvros amarelados, sem ilustrações, na maioria das vezes.
Lia por horas a fio, vivia aventuras inimagináveis, conheci o mundo através das páginas.
Romances?? Conhecia- os de cor. Primo Basílio era o meu preferido. Entre tsntos outros: Vidas Secas, Madame Bovahy,Capitães de Areia, Navio Negreiro, vish! Vai encber a página de tantos que nem me lembro mais.
Triste mesmo era o momento de voltar para casa.
Rotina cansativa, mecânica que me embrutecia a cada dia. O refúgio sempre foi a literatura. Não importava o nível ou classificação! Sempre que me encontravam lá estava eu, com livro ou revista nas mãos.
Os domingos eram diferentes, ou a gente ia para casa de conhecidos em uma roça qualquer, ou para casa da vovó ou ajuntavam todos na nossa casa para comelãncia.
Fartura lá era a palavra.
Mesa farta e aconchegante. Quase toda vizinhança ia pra lá para comer...Mas isto é outra história que contarei depois...
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