De pé em um estabelecimento comercial, ainda cansada da correria, fiquei a respirar um pouco, pois o ar estava muito seco.
Quando de repente uma pessoa me pegunta:
---A senhora é filha do seu Leandro?
Foi então que o assunto se esticou.Ele começou a fazer mil perguntas...
e seu pai como vai? Vish , conheci seu filho lá naquela represa PAIOL, logo vi que era seu filho, nunca vi moça! A cara do pai! Nossa! Mas lembro de nós no oitavo ano colegial...o finado,gente mas como o tempo passa! Lembra?Lembra? O nosso passeio em Marataízes...(passeio que nunca fui), meu pai não deixava.
E foi lembrando de tantas coisas da época da minha juventude. Ficamos por um tempo neste pate -papo.
forcei a memória para lembrar de alguma coisa. Não consegui.Fiquei sabendo que ele era de Água-Preta e que tinha sobre-nome Caetano.
Depois de várias trocas de informações sobre família e familiares ele se foi.
Estranhamente...coisas do destino!Recebi mil elogios à respeito do meu filho mais velho. O que me agradou muito. Fiquei cheia de orgulho. Saber por outros sobre o quanto meu filho é atencioso e educado com os outros.
Foi bom voltar na memória histórias de trinta anos passados. Alguns detalhes desta mesma que não foram ditos , mas que estão guardados no tempo.
Ginásio, recreio, fim das aulas, férias, antigos mestres, antigos amigos, antigas histórias. Mas que continuam vivas como nunca em minha vida.Redescubro a cada momento que tudo valeu a pena!
ainda sobre minha auto-bio
Tive vontade de abraçá-lo logo que vi.Mas seu semblante severo deixou-me encabulada ou insegura.
Caminhei por entre as cadeiras para dar tempo do coração se acalmar e não bater tão acelerado. Um medo vinha de dentro,pois ele era muito bravo, mandão, seríssimo!
Quando criança sempre o imaginava gigantesco. Mais tremenda era sua arrogância nata. Daqueles à moda antiga,bem antiga!
Por muitas vezes desejei seu abraço carinhoso que nunca veio. Não se tornou um trauma;pelo contrário , isto deixou-me mais forte. aprendi cedo a contar comigo mesma.Em consequência disto, tive com o tempo , reaprender ser mais humana.Difícil tarefa interagir. Árdua vida de moça criada ao modo conservador,tantas reservas e proibições desnecessárias,muito desconforto e medo.
Entretanto, quando alcança-se a liberdade, resta um amargo na boca ,um vazio de ausência sem sentido. Não houve amor...Nunca existiu!
Esta moça sempre foi recatada, nada fez para tanto. Apenas saía para dançar e se divertir sem maiores consequências. Nunca iria decepcionar seu superior...Hoje , a fúnebre lembrança dele jazendo sem vida...Junto dele foi toda altivez, mandos e desmandos que ecoam como gritos, somente...
No tempo ecoam...
Quando de repente uma pessoa me pegunta:
---A senhora é filha do seu Leandro?
Foi então que o assunto se esticou.Ele começou a fazer mil perguntas...
e seu pai como vai? Vish , conheci seu filho lá naquela represa PAIOL, logo vi que era seu filho, nunca vi moça! A cara do pai! Nossa! Mas lembro de nós no oitavo ano colegial...o finado,gente mas como o tempo passa! Lembra?Lembra? O nosso passeio em Marataízes...(passeio que nunca fui), meu pai não deixava.
E foi lembrando de tantas coisas da época da minha juventude. Ficamos por um tempo neste pate -papo.
forcei a memória para lembrar de alguma coisa. Não consegui.Fiquei sabendo que ele era de Água-Preta e que tinha sobre-nome Caetano.
Depois de várias trocas de informações sobre família e familiares ele se foi.
Estranhamente...coisas do destino!Recebi mil elogios à respeito do meu filho mais velho. O que me agradou muito. Fiquei cheia de orgulho. Saber por outros sobre o quanto meu filho é atencioso e educado com os outros.
Foi bom voltar na memória histórias de trinta anos passados. Alguns detalhes desta mesma que não foram ditos , mas que estão guardados no tempo.
Ginásio, recreio, fim das aulas, férias, antigos mestres, antigos amigos, antigas histórias. Mas que continuam vivas como nunca em minha vida.Redescubro a cada momento que tudo valeu a pena!
ainda sobre minha auto-bio
Tive vontade de abraçá-lo logo que vi.Mas seu semblante severo deixou-me encabulada ou insegura.
Caminhei por entre as cadeiras para dar tempo do coração se acalmar e não bater tão acelerado. Um medo vinha de dentro,pois ele era muito bravo, mandão, seríssimo!
Quando criança sempre o imaginava gigantesco. Mais tremenda era sua arrogância nata. Daqueles à moda antiga,bem antiga!
Por muitas vezes desejei seu abraço carinhoso que nunca veio. Não se tornou um trauma;pelo contrário , isto deixou-me mais forte. aprendi cedo a contar comigo mesma.Em consequência disto, tive com o tempo , reaprender ser mais humana.Difícil tarefa interagir. Árdua vida de moça criada ao modo conservador,tantas reservas e proibições desnecessárias,muito desconforto e medo.
Entretanto, quando alcança-se a liberdade, resta um amargo na boca ,um vazio de ausência sem sentido. Não houve amor...Nunca existiu!
Esta moça sempre foi recatada, nada fez para tanto. Apenas saía para dançar e se divertir sem maiores consequências. Nunca iria decepcionar seu superior...Hoje , a fúnebre lembrança dele jazendo sem vida...Junto dele foi toda altivez, mandos e desmandos que ecoam como gritos, somente...
No tempo ecoam...
amei essa maravilhosa poesia
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