Existe um passado que não passa.
Angela Matos Escritora
Aqui se encontrará um pouco da pessoa, da mulher, da mãe, da esposa, da professora, da artesã, da cronista, da poeta, da amiga e da serva do Senhor
sexta-feira, 18 de abril de 2025
De volta a Jampruca
Existe um passado que não passa.
sexta-feira, 4 de abril de 2025
04 de abril
04 de abril
Não pode reclamar
Nem sequer se lamentar
Mas a data se passará
Passou-se triste cinzento
O mais longo do relógio
As vinte d quatro horas
E o sonho, os projetos
Todos interrompidos
Não existe choro alegre
O respirar também é triste
Choro; mágoa de saudade
Os abraço não entrelaçados
Talvez seja estupidez
Ou mesmo ignomínia
Ter crise de choro outra vez
Por motivo sem explicação
Melhor mesmo não lembrar
Nem tão pouco se preocupar
Pois a data passará
O sol e as estrelas voltarão a brilhar
Ângela Matos MG
domingo, 23 de março de 2025
Pequenos momentos de mim
Pequenos momentos de mim
(auto-bio)
Devolve por favor tempo
A inocência perdida.
O entusiasmo!
A vontade de continuar sem parar.
Trás de volta a alegria da juventude.
A falta de medo de exagerar,
Retorna agora, tudo que foi roubado:
A insensatez, a ignorância de conhecimento, a utopia…
Saber demais está implodindo tudo.
Virando ao avesso as ideias que sonhei pra mim…
Tirando as cores do arco-íris que pintei:fantasioso , cheio de estrelinhas.. bobagem!
Tudo se tornou mero absolutismo nesta cabeça de uma centena de anos.
Envaideci nas viagens, preenchi demasiadamente os neurônios.
Saudade de quando não conseguia entender uma mera piada.
Desmereci a ampulheta do passado.
Pulei etapas.
Esqueci tudo(quase!)
Mergulhei num hoje irresponsavelmente.
Cansei meus dias!
Acordei!
Retorna pra mim infância de outrora.
Nem que seja apenas na memória. Retorna!
Ângela Matos MG
sexta-feira, 7 de março de 2025
Reverso pensamento
Totalmente inconstante do dividir do meu ser.
Coisa que não quero invadem minha mente e meu cotidiano.
Troco os pés pelas mãos no caminho.
Os espinhos doem em estradas cheias de flores falsas.
O vento sopra contrário a tudo que planejei antes.
Preciso urgentemente tomar atitudes.
Absorvo o melhor, determino objetivos e metas.
Sangro em algumas paradas e sigo.
Mas no fim sempre termino o projeto.
Não posso ; nem devo parar no meio desta constante.
Pois o pote nunca está no fim do arco íris.
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
Aula de poema
Nada mudou desde o último olhar. Tudo se acende ao abrir dos olhos, ao acordar do sono(leve). As rimas e as palavras pulam como pulgas. Saltando e querendo falar. Querendo denunciar coisas que não podemos dizer. Os versos querem registrar pra sempre os momentos inesquecíveis. Os abraços demorados e saudosos que não querem calar. As estrofes precisam arrematar tudo. Frisar e organizar cada pensamento e suspiro. Cada sonho interrompido no meio do caminho. A escada não chegou ao fim. Então a poesia não pode seguir as rimas e as métricas devidas. Isto complica tudo. Sonhos interrompidos são vidas que não seguem. Estradas com despenhadeiro… pensar assim deixa o poema triste! Então por esta razão não preocuparei com linhas. Com métricas. Com rimas; nem mesmo espaços. Vou aleatoriamente falando e deixando a poesia se esparramar da forma que der. Deixe que ela acompanhe as lágrimas que vão junto: se esparramando e derramando! Pois quando as palavras sentidas não cabem mais no peito; esparramam pelo papel. Expressando o âmago mais profundo redundante do ser que não sabe o que fazer ; a não ser ESCREVER!
terça-feira, 8 de outubro de 2024
Fim de novembro
Paisagem rústica, árida. Nem sei mais se estou em Minas ou nordeste. Que sol cabra da peste. Queimando tudo que há. Minhas mangas, o jardim. Não se escuta gorjear. Tudo um imenso monte de secura no ar. Sol cinzento. Algumas florzinhas rasteiras na estrada. Poeira. Poeira. Poeirada… vento, lixo e folhas a voar. No pasto seco o fogo a estalar. Queimando tudo. Lambendo o que sobrou. A pele chega rachar. Vou pedir a chuva pra voltar: volta chuva! Volta logo! Antes de tudo se acabar.
domingo, 9 de junho de 2024
Auto-bio capítulo 06
Deste momento um pouco de reflexão! Um expectativa sem resultado. Uma experiência desoladora e angustiante. Interessante! Libertadora também! É necessário encarar de frente tudo que te trás medo e angústia. Muito importante fazer experimentos novos e se olhar no espelho. Enxergar seu próprio ego(falho, altruísta, arrogante). Afinal! A Vida não é um manual com GPS. Visitar o presente é viajar direto para dentro do passado. Abre feridas que estavam cicatrizando. Remexer ou tentar reinventar aventuras novas; pode criar labirintos infinitos. Sem saídas. Uma estrada literalmente sem volta. Bom mesmo é a calmaria da nostalgia do cotidiano rotineiro. Onde quase tudo pode ser controlado. Ah! A rotina! Ainda tem quem reclame dela. Mas sou apaixonada em saber como será cada segundo do meu dia.( ou pelo menos tenho a ilusão de que sei) e, assim vão se passando os dias . Os meses. Os anos. E esta mudança de rota .Este atalho. Espero nunca mais passar por ele. Aprendo cada vez que sinto vergonha. Aprendo cada vez que sinto desprezo. Aprendo sempre a deixar pra trás… Uma tática ótima é que funciona. Minha saúde mental agradece! Minha dignidade recuperada também.( esta é a melhor aprendizagem) Fechado o pacote deste desfecho. Última imagem , crédito de Santana do Paraíso MG.