sexta-feira, 4 de abril de 2025

04 de abril


 04 de abril


Não pode reclamar

Nem sequer se lamentar

Mas a data se passará 

Passou-se triste  cinzento


O mais longo do relógio

As vinte d quatro horas

E o sonho,  os projetos

Todos interrompidos 


Não existe choro alegre

O respirar também é triste

Choro; mágoa de saudade

Os abraço não entrelaçados 


Talvez seja estupidez

Ou mesmo ignomínia 

Ter crise de choro outra vez

Por motivo sem explicação 


Melhor mesmo não lembrar 

Nem tão pouco  se preocupar

Pois a data passará 

O sol e as estrelas voltarão a brilhar

Ângela Matos MG

domingo, 23 de março de 2025

Pequenos momentos de mim


Pequenos momentos de mim

(auto-bio)


Devolve por favor tempo

A inocência perdida.

O entusiasmo!

A vontade de continuar sem parar.

Trás de volta a alegria da juventude.

A falta de medo de exagerar,

Retorna agora, tudo que foi roubado:

A insensatez, a ignorância de conhecimento, a utopia…

Saber demais está implodindo tudo. 

Virando ao avesso as ideias que sonhei pra mim…

Tirando as cores do arco-íris que pintei:fantasioso , cheio de estrelinhas.. bobagem!

Tudo se tornou mero absolutismo nesta cabeça de uma centena de anos.

Envaideci nas viagens, preenchi demasiadamente os neurônios.

Saudade de quando não conseguia entender uma mera piada.

Desmereci  a ampulheta do passado.

Pulei etapas.

Esqueci tudo(quase!)

Mergulhei num hoje irresponsavelmente.

Cansei meus dias!

Acordei!

Retorna pra mim infância de outrora.

Nem que seja apenas na memória. Retorna!

Ângela Matos MG

sexta-feira, 7 de março de 2025

Reverso pensamento

Continuar em uma constante;

Totalmente inconstante do dividir do meu ser.

Coisa que não quero invadem minha mente e meu cotidiano.

Troco os pés pelas mãos no caminho.

Os espinhos doem em estradas cheias de flores falsas.

O vento sopra contrário a tudo que planejei antes.

Preciso urgentemente tomar atitudes.

Absorvo o melhor, determino objetivos e metas.

Sangro em algumas paradas e sigo.

Mas no fim sempre termino o projeto.

Não posso ; nem devo parar no meio desta constante.

Pois o pote  nunca está no fim do arco íris.
 

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Aula de poema


 Nada mudou desde o último olhar. Tudo se acende ao abrir dos olhos, ao acordar do sono(leve). As rimas e as palavras pulam como pulgas. Saltando e querendo falar. Querendo denunciar coisas que não podemos dizer. Os versos querem registrar pra sempre os momentos inesquecíveis. Os abraços demorados e saudosos que não querem calar. As estrofes precisam arrematar tudo. Frisar e organizar cada pensamento e suspiro. Cada sonho interrompido no meio do caminho.  A escada não chegou ao fim.  Então a poesia não pode seguir as rimas e as métricas devidas.  Isto complica tudo. Sonhos interrompidos são vidas que não seguem. Estradas com despenhadeiro… pensar assim deixa o poema triste! Então por esta razão não preocuparei com linhas. Com métricas. Com rimas; nem mesmo espaços. Vou aleatoriamente falando e deixando a poesia se esparramar da forma que der.  Deixe que ela acompanhe as lágrimas que vão junto: se esparramando e derramando! Pois quando as palavras sentidas não cabem mais no peito; esparramam pelo papel. Expressando o âmago mais profundo redundante do ser que não sabe o que fazer ; a não ser ESCREVER!

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Fim de novembro

Paisagem rústica, árida. Nem sei mais se estou em Minas ou nordeste. Que sol cabra da peste. Queimando tudo que há. Minhas mangas, o jardim. Não se escuta gorjear.  Tudo um imenso monte de secura no ar.  Sol cinzento. Algumas florzinhas rasteiras na estrada. Poeira. Poeira. Poeirada… vento, lixo e folhas a voar. No pasto seco o fogo a estalar.  Queimando tudo. Lambendo o que sobrou. A pele chega rachar. Vou pedir a chuva pra voltar: volta chuva! Volta logo! Antes de tudo se acabar.


domingo, 9 de junho de 2024

Auto-bio capítulo 06

 


Deste momento um pouco de reflexão! Um expectativa sem resultado. Uma experiência desoladora e angustiante. Interessante! Libertadora também! É necessário encarar de frente tudo que te trás medo e angústia. Muito importante fazer experimentos novos e se olhar no espelho. Enxergar seu próprio ego(falho, altruísta, arrogante). Afinal! A Vida não é um manual com GPS. Visitar o presente é viajar direto para dentro do passado. Abre feridas que estavam cicatrizando. Remexer ou tentar reinventar aventuras novas; pode criar labirintos infinitos. Sem saídas. Uma estrada literalmente sem volta. Bom mesmo é a calmaria da nostalgia do cotidiano rotineiro. Onde quase tudo pode ser controlado. Ah! A rotina! Ainda tem quem reclame dela. Mas sou apaixonada em saber como será cada  segundo do meu dia.( ou pelo menos tenho a ilusão de que sei) e, assim vão se passando os dias . Os meses. Os anos. E esta mudança de rota .Este atalho. Espero nunca mais passar por ele. Aprendo cada vez que sinto vergonha. Aprendo cada vez que sinto desprezo. Aprendo sempre a deixar pra trás… Uma tática ótima é que funciona. Minha saúde mental agradece! Minha dignidade recuperada também.( esta é a melhor aprendizagem) Fechado o pacote deste desfecho. Última imagem , crédito de Santana do Paraíso MG. 

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Auto-bio maio 2024



 Louvo pelas minhas netas  de sangue Zoe e Zaya, que hoje são meu riso. Yasmim e Yzaullim , minhas netas adotivas. Minhas ajudadoras( porque alguém pode pensar que estou ajudando estas gêmeas). Vieram  pra ensinar que recomeços existem e que Deus providencia portas escancaradas. Basta abrir os olhos e o coração. Não vou mentir que está sendo maravilhoso. Que tudo tá de acordo com meu caderninho imaginário. Diria  que é gratificante ver o operar de Deus na minha vida. Me moldando de uma forma  doída  que chega rasgar. A lembrança da minha filha a todo instante, faz saber o nada que sou. A história é Cristo quem cria. Ele desenrola a redação da minha vida.  Colocou duas peças no lugar de uma. E a cada dia uma evolução diferente. Um embate(comigo)!  Depois que o dia termina e olho para mim. Ajoelho no meu quarto e vejo que o amor de Deus por mim é muito , muito maior. Eu tão falha. Tão resistente!  Se eu não me tornar como bambu irei me quebrar. Estão estou me dobrando e desdobrando todo dia( lógico! Dentro das minhas limitações). E quando tá pesado demais; eu faço uma pequena viagem de três dias…Recomeço!  Se alguém pergunta: respondo que está tudo bem. Por hoje fecho este pequeno pedaço da minha auto- biografia. Pra você entender. Temos lutas. Temos provas. Temos alegrias. Temos muitas coisas. Mas o que não podemos ter nunca: falta de amor e esperança. Nunca! Jamais Ser egocêntricos! E principalmente:  Aceitar o que Deus tem pra nós. Ele sempre dá sob medida.( quem lê entenda) Este capítulo terminarei louvando a Deus por ser muito feliz, saudável e cheia de vida. Obrigada Senhor Jesus! Por Tudo!  Ângela Matos MG            Auto-bio  26/05/24