das flores que vi caídas
murchas, feias, sem vida.
do luxo lixo abusado
do campo sempre minado.
casa sem teto, a pique
lixo, poeira, abandono.
contraste insuportável
da verdade invisível.
afrouxa mão que ajudava
mundo sem fronteiras que fala.
ainda há esperança
suave e bem vinda tolerância.
prefiro chorar no canto
um alienado com sorriso brando.
a ter que sufocar o pranto
de quem precisa tanto.
como pétalas se esvanecem
correm pelas horas vagas
se jogam ao vento da utopia
se esvaem em fumaça escura e fria.